domingo, 8 de junho de 2014

COSTUMES

COSTUMES


Nos céus os balões já não sobem mais;
Fogueira nunca mais se armou;
Foguetes que enfeitam o céu;
Ditam o seu esplendor;


São João, vinho quente e quentão;
Maçã do amor e cural;
Hoje a festa é no meu coração;
Esta tradição que o tempo levou;

 
As cinzas das fogueiras;
Cederam lugar ao cinza do ar;
Vinho quente, quentão perderam a posição;
Musicas sertanejas, chopp e cerveja, entram em cena;

 
Na falta do amor, não tem mais a maçã;
A massa de gente perde de repente todo esse costume;
Tradição retarda as ações das festividades;
Santo Antônio, as moças não  pulam mais a fogueira;

 
Deixaram de lado o laço matrimonial;
Dizem que a onda é mesmo ir ficando;
São João, não precisa trazer a sua chama;
Estão trocando calor de fontes diversas;

 
São Pedro deixa de lado as chaves dos céus;
A humanidade perde nas cidades;
Tradições e costumes e o seu pudor;
Paredes frias e cinzentas;

 
Assumem as cinzas antes das fogueiras;
Chuvas de prata, morteiro e foguete;
Riscam o céu cinzento nas noites de junho;
Perderam-se no tempo a tua tradição.



Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

 

Um comentário:

  1. Pena que com os costumes, vai junto a cultura.
    Perdendo a cultura vão se os patrimônios históricos;
    Perdendo o patrimônio histórico, vai se a memoria;
    Perdendo a memoria vai a identidade;
    Perdendo a identidade, esvaiu-se no tempo.

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