segunda-feira, 27 de outubro de 2014

MORTALHA

MORTALHA

Trouxe a morte junto a ti;
Como quem cansou-se da vida;
Combinou com a ocasião;
E a sua vida feriu;
Pus-me a perguntar;
Qual razão haverá de ter;
Para sujeitar-nos tal dor;
Ver seu pai na cabeceira do teu féretro;
Em sussurros lhe perguntar;
Porque meu filho?
Eu refletindo a sua dor;
Chego a questionar o dissabor;
Que em vida pode haver;
O certo é, que no silencio;
A tua depressão imperou;
Conjecturei o tempo discorrido;
Entre o fatídico ato e a mortalha do seu amor;
Nem três meses ocorrera;
E tua sentença tu programou;
Ver ti ai triste e sombrio;
Reforça-me a tese;
O amor destituído em vida;
Para a eternidade caminhou;
Não consigo julgá-lo pelo seu ato;
Em poucos traços se despediu;
Em longas cartas tudo delineou;
Foste tu o seu carrasco;
Fez-me entender na brevidade da despedida;
Que a dor da vida  sobrepõe  o teu lado fúnebre;
E a plenitude do amor, não se limita em sentir dor.


 Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
 Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
 Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
 Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.