domingo, 27 de abril de 2014

SONHOS

SONHOS

Quando era criança tinha  liberdade
Corria, brincava, pulava, me escondia;
Hoje sou homem formado;
Tenho a liberdade, mas temo  usufruí-la;
Poderia correr, mas os dias pesam, diferente da tenra idade;
Já não corro o quanto gostaria;
Se me veem correndo não é por vontade própria;
Já não brinco o quanto gostaria;

Nem pulo como antes  pulava;
Nem me escondo como antes me escondia;
Acabo me privando da liberdade;
Por que temo a falta de amor ao próximo;
Vivo privando as minhas vontades;
Vivo escondendo as minhas verdades;
Vivo falseando a minha ansiedade;

Sou refém do meu próprio destino;
Um cidadão formador de opinião;
Que não tendo opção passa a escriturar;
Faço disso a razão de viver;
Já que os meus sonhos de outrora;
Pouco a pouco foram sendo dilapidados;
Recorro à solidão da escrita;

Assim  realizo e, compreendo melhor o meu papel;
Entendo que não sou agente promotor e sim agente motivador;
Mesmo não correndo, brincando, pulando ou escondendo;
Não abri  mãos dos meus sonhos;
Levo os meus sonhos a outras fronteiras;
Lugares nunca antes conhecidos;
Sei que através dos versos, desperto olhares, toco a emoção;

Desperto sentimentos, que jamais imaginei ser capaz;
Por que no âmago de um escriba esta o uso da sua vocação;
E assim componho meus versos;
Tangido de amor e sonhos, sigo ruminando;
No uso da figuração linguística, segui o improviso;
Se a prosa tem parágrafo, no ponto final concluo o assunto;
Se o poema tem estrofes, sigo rimando;

O mais importante é despir os sentimentos;
Assim nascem os meus versos;
Buscando a cura pra minha alma;
Narrando a exclusa da noite calma;
Percorrendo o sentimento exposto vazio;
Comparando a fera ferida açoitada no cio;
Dou a mim o prazer de realizar o meu ser.


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras

Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O BEIJO





O BEIJO




O beijo revela a emoção sentida;
Corpos manifesta a vontade contida;                                                                                                       
Bocas se ajuntam libertam segredos;                                                                                                       
O amor esta no ar, vencido os medos;


Coração pulsante dança no peito;
Sensação e êxtase clima perfeito;
Pêra, uva, maçã ou framboesa;
União de sabores postos a mesa;


Amor tem sabores mil;
Libera sentimento febril;
Provoca tremores;
Causa rumores;


Dores lancinantes;
Beijos dos amantes;
As torna indolor;
São estes os sinais do beijo de amor.




Poema escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A MORTE E A VIDA


A MORTE E A VIDA

 

Chego a temer a morte;
Por que ainda não alcançou-me a sorte;
Chego a temer a morte;
Por que sei que não a amei o quanto gostaria;
Chego a temer a morte;
Por que sei o quanto amo a vida;
Chego a temer a morte;
Por que quero ao seu lado ficar;
Chego a temer a morte;
Por que guardas contigo tantos mistérios e segredos;
Chego a temer a morte;
Por que quero ti amar e ti amar, muitos anos;
Chego a temer a morte;
Por que não sei quando vêm e nem como vêm;
Chego a temer a morte;
Por que em vida labuto por dias melhores;
Chego a temer a morte;
Por que me representa ser fria, vazia e derradeira;
Chego a temer a morte;
Por que o seu silencio me causa medo;
Chego a temer a vida;
Quando esta anseia a morte na busca do alivio;
Chego a temer a vida;
Quando esta busca manifestar-se baseada em ter;
Chego a temer a vida;
Quando a razão do ser humano se pauta em apenas estar;
Chego a temer a vida;
Por que sei que a morte é inerente a vida;
Chego a temer a vida e a morte.
Por que ambas guardam consigo a incerteza do amanhã.

 
Poema escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho

domingo, 20 de abril de 2014

TIRADENTES

TIRADENTES

Lutou para por fim aos privilégios da corte;
Lutou para por fim a monarquia;
Lutou para ver nascer a republica;
De nada adiantou levá-lo a forca;
De nada adiantou decapitá-lo;
De nada adiantou esquartejá-lo;
Engano houve em propagar o terror;
Engano houve em tentar suprimir outra insurreição;
Aos quatro cantos não se falava em outra coisa;
Em todo canto só falavam dos absurdos da corte;
Os teus pedaços, fortaleceram os inconfidentes;
Pensavam que iria intimidar, engano houve;
Enforcaram o Tiradentes;
Mas não sufocaram os clamores  republicanos;
Esquartejaram o seu corpo;
Expuseram em praça publica;
Pensavam agir com astucia;
Assim pensavam esta pondo fim;
A qualquer  outras insurreição;
Lançaram sal no solo onde era o seu lar;
Desta maneira pensavam em esterilizar a força que brota da terra;
Esqueceram que os sonhos de liberdade   brota  do coração;
Lavraram a sua certidão de morte;
Seguiram os tramites da coroa portuguesa;
Maria I, de nada valeu os teus insultos;
Sua tirania não intimidou;
Ceifaram a vida do Tiradentes;
Lapidaram no seio popular a morte do alferes;
Tiranos, ceifaram a vida do Tiradentes;
Derrubaram a sua moradia;
Lançaram sal sobre o chão, onde Tiradentes morou;
Fazendo assim achavam por fim nos teus ideais;
Tiradentes foi enforcado e esquartejado;
O sonho do Brasil independente suscitou em vários corações;
A morte do Tiradentes não foi em vão;
Finalmente de Portugal o Brasil se apartou;
Tiranos, as tuas barbárie, de nada  adiantou.


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.
                                            
                                       

sexta-feira, 18 de abril de 2014

INDIOS

ÍNDIOS

Todos os dias eram seus;
Agora só lhes resta o dia da sua comemoração;
Ainda assim por vezes esquecida;
Corriam livres pelos campos;
Banhavam-se nos riachos de águas cristalinas;
Plantavam e colhiam o fruto do seu suor;
Pescavam o suficiente apenas para lhes sustentar;
Cuidavam da terra, pois sabia que dela dependia a tua vida;
Tinha o teus rituais, agradeciam Tupã por tudo;
Tuas ocas lhes protegia do tempo;
Na tua taba reunia o conselho;
Na tua cultura os mais velhos são sábios;
Na tua cultura ser guerreiro é ser pujante;
Índio a sua cara tornou-se pálida;
Sofreu o intento da colonização;
Tiraram lhes a tua terra;
A busca insana pelo eldorado
Acabaram com sua cultura;
Catequizados de pagão obrigaram ser Cristão;
Os europeus quando aqui chegaram;
Viam nu correrem para as matas;
Trataram de organizar as bandeiras;
As incursões dos bandeirantes;
Índios  presa e caça se tornou;
Ainda hoje os bandeirantes são tidos como heróis;
Como se fossem desbravadores;
Cujas feras adestrou;
Índios que aqui havia, os europeus os dizimou;
Triste fim de um povo, que nem em livros estão presentes;
Desconhecedores da real história;
Não conhecem a historia dos nativos que aqui existiam;
Mais ouve falar dos teus catequizadores;
Canonizado foi Anchieta, hoje Santo se tornou;
Por onde andam os índios nativos desta terra?
Com os teus minerais preciosos e as tuas madeiras;
Os europeus das suas terras lhes tiraram;
Vivem hoje em reservas, parecendo uma caça acuada;
Hoje só lhe resta o dezenove de abril;
Os teus nomes da história apagaram;
Nem cacique e nem Pagé, nem índio tu hoje é;
Nem a sua terra, tu hoje tens;
Tua cultura se perdeu no tempo;
Triste dia aquele quando  aqui os europeus chegaram.

Conto escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho 
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A.vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

SANTO EXPEDITO

SANTO EXPEDITO

Expedito, rápido, urgente, sempre prestes a nos ajudar;
O teu nome traduz realmente as tuas obras e vicissitudes;
Recorro a vossa santa ajuda sempre que estou em dificuldades;
Invoco a sua santa proteção para que jamais esteja desprotegido;
Clamo pela sua santa presença, sempre que estou desguarnecido;
Sei que jamais deixaste de ouvir os meus pedidos;
Jamais desamparou ou deixou de ouvir o pedido daqueles que lhe são fiéis;
Para ti o Santo das causas impossíveis, não há desterro algum;
Em ti ó Santo expedito sempre há refugio e amparo;
Jamais deixaste para depois, seja lá em que tempo for;
Dá-nos a certeza e a convicção, do seu pronto atendimento;
Tem sido o guardião dos meus tempos;
Tem servido os teus adeptos com tanta perseverança;
És  um bom filho servindo os filhos de vosso Pai;
És um soldado prestativo, jamais adia teus compromissos;
Empunhando a cruz da Cristandade;
E o balsamo para remediar a cura dos desvalidos;
Há muitos presta o teu socorro;
Santo Expedito, rápido e prestativo;
É o Santo dos emergentes;
É a cura para os enfermos;
É a solução dos desesperados;
É a esperança dos desatinados;
É a riqueza dos empobrecidos;
É a virtude, dos enfraquecidos;
É a bussola, dos desnorteados;
É o socorro, dos desamparados;
É o Santo expedidor das urgências imediatas.



Conto  escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras                         

Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

terça-feira, 8 de abril de 2014

PARTÍCULA


PARTÍCULA

Sou partícula do universo;
Sou átomos!
Sou moléculas!
Que se funde em matéria;
Combinação perfeita do ser;
Sou fruto do amor divino; 
Sou matéria encarnada;
Sou esta pequena porção;
Sou cintilante, sou ofuscante;
Só depende de quem me vê;

 

Sou partícula do universo;
Sou semente do amor;
Sou semeador da matéria;
Sou pequeno diante de um todo;
Sou um ser em busca da perfeição;
Sou um grãozinho de areia na praia;
Sou minúsculo diante  do universo;
Sou um aglomerado de bases amina;
Sou arquiteto de sonhos e prazer;
Sou pó que origina a vida;

 

Sou partícula do universo;
Sou poeira cósmica;
Sou micro que dá forma;
Sou fagulha que incendeia;
Sou pedaço componente;
Sou parte do universo;
Sou eu só se estou sozinho;
Sou um ser quando me ajunto;
Sou  o dedo de Deus;
Sou aglomerado do amor.

 

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.