quinta-feira, 11 de setembro de 2014

ESTRIBILHO


ESTRIBILHO

Soa em meu ouvido o estribilho da canção;
Ecoa no fundo da alma o teu timbre e o teu tom;
Serve como força propulsora à minha inspiração;
Cantador e cancioneiro da vida a poesia.
“Eu cheguei em frente ao portão”

Impõem a tua força pra romper a exatidão;
Toca e contorna o meu coração;
Somente no eufemismo linguístico;
Na canção que me toca.
“Meu cachorro me sorriu latindo”

Não preciso ouvi-la toda já me contento;
Cada frase, cada nota me denota;
Põe a prova os meus sentimentos;
Extravasa lembranças e ternuras.
“Minhas malas coloquei no chão”

Como se fosse a luz na escuridão;
Como se fosse um prato na gula da esganação;
Como se fosse a comprazia da comiseração;
Como se fosse o arrebento de uma gestação.
“ Eu voltei”

Toda vez que chego frente ao portão;
Sinto vontade de entrar;
Mais meu medo me detém;
Tenho medo que não haja alguém;
De braços abertos a me esperar.

Tantas coisas se mudaram;
Acho que só eu que não mudei;
Meu medo de hoje é o mesmo de ontem;
Tudo é igual em mim como era antes;
“Eu voltei agora pra ficar”

Já não sou mais um vira mundo;
Volto pro meu porto seguro;
“Porque aqui, aqui é meu lugar”
“Eu voltei pras coisas que eu deixei”
“Eu voltei”

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

MINHA OBRA

MINHA OBRA

Senhor dê-me o dom da escrita;
Permita-me através dela falar da minha alma;
Que me venha este dom;
Que com este eu possa dizer o que sinto;
Que fale da minha dor;
Que manifeste o meu amor;
Que jamais negues o dissabor;
Por que este eu muito já escrevi;
Rogo a vós senhor este prazer;
Através dele que me faças entender;
Aquele que souber ler compreenda a escrita;
Saberás dos silêncios, das minhas perfídias;
Não me tires o crédito daquilo que o senhor deu;
Senhor os escribas da alma;
Se acalma ao ver seus versos versados;
Contentam em saber que tantos admiram;
Só não podem querer para si;
Aquilo que de outro advém;
Senhor dê-me o dom da escrita;
Conceda aos nossos leitores a graça para entender;
A Compreensão para admirar;
A sabedoria para decifrar;
E quando reproduzir;
Não  negues a autoria;
Aquém o senhor concedeu;
A magia da escrita;
Que os leitores possam conhecer;
O autor a quem Deus deu o dom de escrever.


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MEU MANTO

MEU MANTO

Quando nasci recebi de Deus este manto;
Quisera ele fosse um manto negro;
Recheado de vida;
Dotado de sentimentos;
Movido por sonhos.

Suscetível a dor;
Que ao ser ferido sangra;
Que ao ser tocado senti;
Que ao ser invadido feri;
Que ao ser violado grita.

Que ao ser desprezado chora;
Que ao ser menosprezado, inflama;
Apenas sou dotado do manto negro;
Meus desejos e sonhos, não tem cor;
São iguaizinhos aos seus.

Meu manto é negro;
Meu sangue é vermelho;
Igual ao de todos;
Bombeado pelo coração;
Semelhante a todos.

No passado eram os açoites;
Agora são gestos e palavras;
Somos racionais, para que o racismo;
Se o que nos difere é apenas o manto;
Porque tanto ódio.

Afinal o que em mim pode assustar;
Aceite a todos como irmãos;
O manto que nos envolve;
Não é o manto dos teus olhos;
E sim, o manto do amor de Deus.

Todos têm o seu manto;
Não olheis a minha cor;
Não reparai o meu cabelo;
Não me venha com os teus critérios;
Somos todos iguais perante a Deus



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Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.