terça-feira, 5 de abril de 2016

O POETA E O VAGABUNDO


O POETA E O VAGABUNDO

Você vai me ignorar até quando;
Saiba que sou vacinado, contra o vírus do pouco caso;
Sou imune contra as bactérias do desprezo;
Possuo antídoto contra os fungos da ira;
Estou preparado, possuo todos os antígenos;
No meu coração, não há espaço às  coisas tão comezinhos.

Mude os seus atos, não faça da vida um recato;
Abra as suas janelas para mundo;
Verás que o vagabundo e o poeta caminham juntos;
O que os diferencia é a visão para descrever o mundo;
O poeta vê a beleza da vida, conhece a indelicadeza;
Com sua galhardia, descreve a tristeza.

É capaz de diferenciar o plebe da nobreza;
O tempo transcorre por ele, como  um rio que deságua no mar;
Tanto o poeta como o vagabundo, sabem  o que é amar;
O poeta descreve o amor com sentimentos;
Fala das saudades, dos Sofrimentos;
Conhece os encantos, narra em pensamentos.

O vagabundo fala do amor em lamentos;
Caminha em lamurio, ignora o coração;
Perdeu o discernimento, não sabe o que é paixão;
Não sei se me vê como vagabundo, ou como poeta;
Feridas cicatrizam, sou capaz de te admirar;
Poeta ou vagabundo, vivo para te encantar.