sexta-feira, 22 de novembro de 2013

JUSTIÇA E AS INJUSTIÇAS


JUSTIÇA E AS INJUSTIÇAS

Tomaram as diretrizes se quer ouviram os clamores populares;
Parece que descobriram os saltimbancos, e os enfiaram na cadeia;
O crime! Ah essa roubalheira que ocorre desde-o império;
Mas a sua derrocada parece finalmente ter fim;
Aqueles que se exibiam nas praças públicas, clamando mudanças, estão em cana;
Exibicionismo imagina exibição mesmo, foi os republicanos exporem a cabeça de virgulo e seu bando;
Esse ai no presídio da papuda imagina nem bando tinha se organizavam num tal de partido, ora   vejam só que nem inteiro eram, o próprio nome já diz partido;
Olha que o caboclo que decretou a sentença, foi macho, julgou, sentenciou, e expediu mandado de prisão e cassação do mandato do deputado federal;
Mas que coisa bem no mês e no dia da comemoração da republica, finalmente um feito histórico;
Boquiabertos estão todos os  cidadãos brasileiros, pois só faltou mesmo decapitá-los e expor suas cabeças;  
Parece que se esqueceu de um dos capítulos da nossa constituição, como não sou magistrado e nem irei  
perder tempo para pesquisar “todos são inocentes até que se prove ao contrario”. 
Afinal de qual crime estamos falando mesmo? Se o processo esta tramitando, e os supostos réus são  cidadãos brasileiros, possuem residência fixa, portando não esboçariam nenhum perigo de fuga, e nem poderiam destruir provas, até mesmo porque elas não existem.
Parece que o judiciário esta cometendo uma pequena gafe, condenando os ditos mentores e executores da ação penal 470, pela presunção dos fatos, sem arguir provas “eu imagino que”, “ eu acho que”, “deve ter sido assim”, feito inédito, e o circo esta armado, picadeiro, palhaço e trapezista;
O espetáculo esta montado e o protagonista é um só Joaquim Barbosa, presidente do supremo tribunal  
federal, corte  que tem como propósito fundamental o exercício da justiça, em ultima instância;
Recentemente tivemos no governo do Fernando Henrique, um dos maiores desmantelamento das empresas estatais rentáveis,( Cosipa, CSN, Eletronorte, Chesf, Embratel etc), cujo responsável em organizar os leilões, enriqueceu-se da noite para o dia, o senhor Daniel Dantas;
E na ocasião o governo do Fernando Henrique, inviabilizou qualquer tentativa de organização de CPI para investigar;
Diferentemente foi a postura dos partidaristas do governo, o PT assim que surgiu a denuncia, pelo deputado federal Roberto Jefferson, tratou-se de organizar a CPI do mensalão;
O que me assusta nesse contexto todo é o fato de no transcorrer da ação penal 470, surgiram evidencias de que em Minas Gerais havia também uma ramificação dessa natureza, e nenhuma providencia foram tomadas; Porque será?
Eu temo estarmos próximo de uma nova modalidade ditatorial neste país, a ditadura das togas.
Um país cujo povo já ficou refém de um reinado malogrado, de uma república inventada pelos grandes latifundiários, passou por dois ditames, Getúlio e o Golpe militar de 64;
E ainda têm doidos  batendo palmas para  maluco dançar, quando acordar a corda já estará asfixiando o seu pescoço;
Quando vemos muita festividade, muito alarde é porque estão acobertando  de fato algo mais relevante? Será o que estes honrados magistrados temem, será que não é a hora do povo começar a se manifestar, contra tantos absurdos e tantos abusos?
Recentemente  a corte do Rio de janeiro deram parecer favorável, ao burguesinho Thor Batista, filho do mega milionário Eike Batista, libertando-o da prisão por ter atropelado e matado um ciclista, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, decretou que ele deve, pela condenação por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), prestar serviços comunitários por dois anos, terá a CNH suspensa pelo mesmo período e deverá pagar uma multa de R$ 1 milhão.
Defendo que se faça justiça, os culpados devem e tem que serem punido, sou contra a campanha midiática estão fazendo sobre estas pessoas, que tem uma história de vida, tem família, para que tanto espetáculo, é isso que me intriga, a justiça esta sendo feita atendendo a interesses. Dê quem? E por quê?   
Então eu lhe pergunto caro leitor, a justiça é mesmo cega, o Estado é mesmo Laico?

Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavra
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

SOU NEGRO

 Sou negro

 Sou negro feito o breu da noite;
 Hoje estou aqui, graças aos meus ancestrais;
 Os navios negreiros que os trouxeram no cais, hoje não aportam mais;
   Não trazemos as correntes nos pés, nem a canga no pescoço e ainda assim somos escravos dos mitos criados sobre a nossa cor;
Ser negro não ter mais as correntes que nos prendiam, é ser liberto;
Sou liberto das senzalas, não há mais correntes sem pelourinhos e nem identidade cultural;
Sou negro libertado e agora me deixem ser gente;
Devolva-nos a nossa integridade social,
Conquistamos o direito a cotas raciais, falta agora reconhecer os quilombolas; 
Ainda há quilombolas lutando pelos seus reconhecimentos e direito a propriedade;
Reconheceram Zumbi como a grande liderança contra a escravidão;
Conquistamos o dia 20 de novembro como o dia nacional da consciência negra;
Tudo isso é feito porque somos o maior gênero de raça no Brasil;
Sobre nós pesa a miséria, o afavelamento, a discriminação em postos de trabalho;
Somos a maioria negra e uma minoria ínfima em ascensão social;
Observem os  programas de televisão, em quantos deles há um negro apresentador;
Ser negro e liberto no Brasil é ser sinônimo de sofrimento e penúria;
Ser negro é ter que romper com os padrões o qual não nos enquadram;
Ser negro é saber que as condições a ti impostas, são as que diferem dos demais grupos sociais;
Ser negro é ter a sabedoria desde cedo, tem que ser o melhor naquilo que faz, caso contrário não o fará;
Ser negro é trazer consigo desde cedo, as insígnias da diferenciação, pois nos tratam com indiferença;
Ser negro é saber que olham para ti e vislumbram um atleta corredor, ou futebolista;
Ser negro é saber que entre os intelectuais se um dia chegar a ser, será o negrão;
Isso é por que  vivemos num país sem preconceito, basta alguém cometer um lapso que lá vem a maldita frase “tinha que ser negro” ou então “hoje o meu dia esta negro.”
Ainda assim sou negro, se tenho esta tonalidade de pele, é porque sou privilegiado e posso me expor ao sol;
Houve uma ocasião que os próprios negros temiam em ser negro, porque sabiam o quanto sofreriam, ai foram sofismando a nossa cor, fomos moreno, mulato, pardo, mameluco, caboclo, afrodescendente, mas eu afirmo sou negro, e não me envergonho em ser;
Não tolero que façam media com a minha cor, quando perguntam a mim eu logo me intitulo, sou negro;
Mesmo sentindo os resquícios da minha cor, trago no meu coração, o amor ao próximo, e solidarizo-me com as lutas dos gêneros e raças, pois nada pode ser tão pequinês a um povo, do que a discriminação racial;
Sou negro da cor da noite, me vejo refém dentre tantos os critérios;
Não faço parte do todo, a mim só me vem aos poucos e a amiúde;
Ainda assim não envergonho de mim, mas sim daqueles que me veem de soslaios, por que lhe falta coragem de fitarem os meus olhos;
Sou negro, rompi com as estatísticas, possuo formação superior, não possuo ficha criminal, talvez tenha registro de subversivo que a mim não é demérito algum, quando se luta pela causa da maioria, tratada por desigual;
Liberdade não se concede, liberdade não se compra, liberdade não se barganha, liberdade é conquistada através das lutas,
E assim se muda o curso da história escravagista no Brasil, entre tantas lutas, os meus ancestrais conquistaram a liberdade.
Mas a história é contada como se uma senhora, (princesa Isabel), concederá aos negros a abolição.
Quem sabe um dia alguém tenha coragem para reescrever este capitulo da história.
Permita-me parafrasear  o titulo do livro de um lutador ( Liberdade Condicional), dê que me adianta a liberdade, se ela for condicional.
Sou negro feito o breu da noite, mas tenho sonhos límpidos e áureos de suplantar o preconceito racial e, ver esse povo ter a oportunidade de fato e de direito, para demonstrar o quanto somos capazes.

Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras

Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

República sonhos e martírios

        


 



                                             República sonhos e martírios


    Teus nobres apostaram muito em ti quando apartaram dos ditames da corte, que há muito não os favoreciam;
    Vencida a monarquia, resplandecia um sonho republicano, o de tornar publico tudo que até então era privilégio de uma minoria;
    A partir da sua proclamação descentralizou-se o poder, as diretrizes do país já não mais seriam tomadas dentro de um castelo e sim, nas tuas casas de leis;
    Suas colônias passaram a ser reconhecidas como Estados, tuas Metrópole passaram a ter titulo de  
Capitais e Cidades;
    Tua plebe passa a ter direitos e deveres, tua nobreza discute a mais valia, já que não haverá os impostos do reino sobre os bens de produção, teus sacerdotes preconizam a fé publica, deixando de ser servil atendendo a um só interesse;
    Nasce uma nova ordem social, os burgueses, com domínios dos bens de produção. Agora os privilégios não eram apenas de uma família real, mas também de uma casta emergente;
    Toda essa estrutura, apoiada na base que tem como sustentáculo, o povo cheio de sonhos e esperanças, conduzidos pelos seus representantes, os grandes latifundiários;
    República no teu prenuncio havia muitos sonhos, no teu ideal muitas esperanças. Os teus súditos apostavam que muitos problemas seriam resolvidos a partir do teu proclame;
    Nasce o sonho republicano. No Brasil não tem mais corte, cabe ao povo a decisão. Parecia que tudo iria mudar, mas era uma grande orquestração. Não se tratava de levante popular e sim de golpe militar, coube ao marechal Deodoro o governo provisório, que em seguida foi eleito o primeiro presidente da republica.
    Vidas atiradas ao vento ainda incomoda esta situação, muitos filhos teus não tem onde morar, por que não há reforma agrária, não distribui a terra para dar chance aos camponeses plantar.
    Não imaginas quantos sonhos teus filhos têm a seu respeito, sonham em vê-la pujante rompendo com o atraso, anseiam com a chegada do dia em que, botarás fim em toda essa roubaria, vendo os teus saqueadores republicanos longe do poder.
    Hoje nos solos teus há homens, mulheres e crianças, descartados pelas ruas resultado de uma corte falida e de uma republica mal dirigida, porque em teu seio republicano os teus filhos simples não conseguem o seu lugar.
    Brasil deixou para trás o império, ascendeu-se ao sonho republicano, trouxe consigo as promessas de por fim as mazelas, de romper com as quirelas dos que se privilegiam das coisas publicas.
    Pena que a coberta é curta, cobrindo-lhe a cabeça e deixando de fora o pé, ignorando a base que dá sustento a todo esse aparato. Cuida das cidades e ignora os campos, não realiza os sonhos do teu povo sofrido, fala em dividir riquezas, mas não põe na mesa o pão à todos os cidadãos.
    Se teus filhos bradam pelas ruas, é porque acreditam na tua capacidade e sabem do teu potencial em atender a todos, sem que para isso haja privilegiados e prevaricadores.
    Rompa mãe pátria querida com estas feridas abertas que a fazem sangrar, põe em risco a tua paz, disseminando a discórdia, estimulando as desavenças, fazendo teus jovens perder as esperanças de vê-la um dia prosperar.
    Sejas ó Pátria amada Brasil de fato a mãe gentil que, protege a todos os filhos teus e assista os mais ricos e os plebeus, se transforme de fato em uma só nação, onde haveis justiça e galardão, porque em ti o sol não para de brilhar.



Poema escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.