terça-feira, 12 de novembro de 2013

República sonhos e martírios

        


 



                                             República sonhos e martírios


    Teus nobres apostaram muito em ti quando apartaram dos ditames da corte, que há muito não os favoreciam;
    Vencida a monarquia, resplandecia um sonho republicano, o de tornar publico tudo que até então era privilégio de uma minoria;
    A partir da sua proclamação descentralizou-se o poder, as diretrizes do país já não mais seriam tomadas dentro de um castelo e sim, nas tuas casas de leis;
    Suas colônias passaram a ser reconhecidas como Estados, tuas Metrópole passaram a ter titulo de  
Capitais e Cidades;
    Tua plebe passa a ter direitos e deveres, tua nobreza discute a mais valia, já que não haverá os impostos do reino sobre os bens de produção, teus sacerdotes preconizam a fé publica, deixando de ser servil atendendo a um só interesse;
    Nasce uma nova ordem social, os burgueses, com domínios dos bens de produção. Agora os privilégios não eram apenas de uma família real, mas também de uma casta emergente;
    Toda essa estrutura, apoiada na base que tem como sustentáculo, o povo cheio de sonhos e esperanças, conduzidos pelos seus representantes, os grandes latifundiários;
    República no teu prenuncio havia muitos sonhos, no teu ideal muitas esperanças. Os teus súditos apostavam que muitos problemas seriam resolvidos a partir do teu proclame;
    Nasce o sonho republicano. No Brasil não tem mais corte, cabe ao povo a decisão. Parecia que tudo iria mudar, mas era uma grande orquestração. Não se tratava de levante popular e sim de golpe militar, coube ao marechal Deodoro o governo provisório, que em seguida foi eleito o primeiro presidente da republica.
    Vidas atiradas ao vento ainda incomoda esta situação, muitos filhos teus não tem onde morar, por que não há reforma agrária, não distribui a terra para dar chance aos camponeses plantar.
    Não imaginas quantos sonhos teus filhos têm a seu respeito, sonham em vê-la pujante rompendo com o atraso, anseiam com a chegada do dia em que, botarás fim em toda essa roubaria, vendo os teus saqueadores republicanos longe do poder.
    Hoje nos solos teus há homens, mulheres e crianças, descartados pelas ruas resultado de uma corte falida e de uma republica mal dirigida, porque em teu seio republicano os teus filhos simples não conseguem o seu lugar.
    Brasil deixou para trás o império, ascendeu-se ao sonho republicano, trouxe consigo as promessas de por fim as mazelas, de romper com as quirelas dos que se privilegiam das coisas publicas.
    Pena que a coberta é curta, cobrindo-lhe a cabeça e deixando de fora o pé, ignorando a base que dá sustento a todo esse aparato. Cuida das cidades e ignora os campos, não realiza os sonhos do teu povo sofrido, fala em dividir riquezas, mas não põe na mesa o pão à todos os cidadãos.
    Se teus filhos bradam pelas ruas, é porque acreditam na tua capacidade e sabem do teu potencial em atender a todos, sem que para isso haja privilegiados e prevaricadores.
    Rompa mãe pátria querida com estas feridas abertas que a fazem sangrar, põe em risco a tua paz, disseminando a discórdia, estimulando as desavenças, fazendo teus jovens perder as esperanças de vê-la um dia prosperar.
    Sejas ó Pátria amada Brasil de fato a mãe gentil que, protege a todos os filhos teus e assista os mais ricos e os plebeus, se transforme de fato em uma só nação, onde haveis justiça e galardão, porque em ti o sol não para de brilhar.



Poema escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.





















 

Um comentário:

  1. Pátria mãe, sejais justos com os teus filhos injustiçados;
    Sejais severa com aqueles que vilipendiam os teus valores;
    Sejais pungente no presente para que tenhamos um futuro menos doloroso e ingrato com a maioria dos teus cidadãos, que a ti lhe prestam devoção.

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