sábado, 22 de fevereiro de 2014

EU, O MEU CARRASCO







EU,  O MEU CARRASCO
Chega de tolher-me dos prazeres que a vida tem; 
Quero me divertir neste carnaval;
Quero pular, gritar, esvair-se em felicidades;
Quero vê a  escola de samba do meu coração;;
Quero serpentear o quadril, já que não sei sambar;
Quero atirar pra bem longe, toda tristeza;
Quero estar feliz neste dia,  para a carne vale este contentamento;
Chega de ser eu mesmo o carrasco de mim;
Quero festar como nunca festei, desta vez o insano serei eu;
Quero que todos saibam o quanto sou feliz;
Quero cantar os enredos, nem que seja apenas o refrão;
Quero  a felicidade bem juntinho de mim;
Quero estar feliz, porque descobri que a felicidade só nos faz melhor;
Chega de eu mesmo ser o carrasco dos meus querer;
Quero então ser melhor! Quem sabe assim sendo conheça o que jamais vi;
Quero sorrir, pular, mesmo que isso cause espanto, deixa se espantar;
Quero estar feliz só não quero ser feliz só;
Quero irradiar a felicidade a todos que puder;
Quero desfrutar de  todo bem que a felicidade tem;
Chega de ser comedido, imputando a dura pena ao meu coração.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.


 




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Buquês


Buquês

Buquê de flor nas mãos;
Oferenda e gratidão ao coração;
Buquê de flor no chão;
Coração dilacerado feito um campeão, nocauteado;
Buquê de flor no vaso;
Enfeita e romanceia os amados;
Buquê de flor jogado;
Maltrata o coração machucado;
Buquê de flor escangalhado;
Ferido para sempre o coração dos encantados;
Flores embora efêmeras;
Ditam os tons e o aroma das primaveras;   
Buquê de flor atirado ao vento;
Mãos que o agarra pressagio de casamento;
Buquê de flor desabrochada;
Enfeita os dias da pessoa amada;
Buquê de flor colhidas do jardim;
Traga de volta o meu amor pra mim;
Buquê de flor quanto significados tens;
Todos eles há de comover o meu bem.



Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

AGOUROS

 AGOUROS                                                                                                                                             

Tiraram a tua  paz;
Querem vilipendiar a honra;
Tentam imputar seus direitos;
Logram a realidade dos fatos;
E dizem ser justo e supremo;
Deleitam nas tuas façanhas;
Tacanhos arquitetos do mal;
Assistem, os teus abusos midiáticos;
Torcem por efeito moral;
Qual moral há nessa cumplicidade?
Imoral trancafiar, sem justiça;
Não dá chance aos teus  apenados;
Querem legitimar os teus atos;
Papuda, masmorra da corte suprema;
Isola em degredo  teus algozes;
Tempo, senhor da verdade;
Qualquer dia desses, a tona toda verdade virá;
Não há corte que se exima dos teus mal feitos;
Não há toga que cubra os teus impropérios;
Sutileza, temos sempre que desconfiar;
São tantas evasivas por trás de um olhar tirano;
Iludem, ensaiam seu teatro rancoroso;
O próximo ato pode ser contra a liberdade;
Roubaram a cena que deveria mostrar;
Editam a nossa carta magma;
Dizem ser interprete das leis;
Qual lei? Têm júbilos em ditar;
Qual lei? Têm prazer em prender;
Qual lei? Repele o direito do fato;
Qual lei? Que executa a sentença;
Qual lei? Promove a prisão negando o direito;
Tivemos um fato penoso;
Magistrado desfruta suas férias;
Deixando apenado a esperar seu retorno;
Como quem um carrasco viril;
Tortura sangra tua vitima com viés de prazer e requinte;
Demonstrando o seu grau de perversidade;
Angustiado estou neste agouro;
Fico eu pensando quanta  maldade  há no ser humano;
Temo um dia terem poderes supremos;
O que será da nossa fragilizada democracia;
Agouros, presságios futuros, como tudo pode vir a ser.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras                          
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

                                                                                             

TEMPO E INTEMPO

TEMPO E INTEMPO

É tempo de estiada, o sol incide sobre nós teus raios luminescentes;
É tempo de entoada, de repensar nossos passos, refletir a razão;
É tempo de enjoada, será que podemos rever todas as comiserações;
É tempo de entocada, recôndito asilo de quem não quer exposição;
É tempo de caminhada, olhar passo a passo e rever nossas posições;

Quando o sol aquece, muitos esquecem as necessidades desta combinação;
Quando o sertanista canta lamentos do solo rachado, a falta da água no seu rincão;
Quando o descontente clama, de nada adianta dó, nem pena, só resta solução;
Quando o enclausurado entra no seu casulo, receia expor sua opinião;
Quando norteamos nossos passos é preciso ter convicção;

Sol escaldante, chuva fina, dia frio, mistura perfeita para toda forma de vida;
Solo estéril, nada brota ou germina, seca, estiagem, cobre o sertão;
Solidariedade,  de nada adianta  dar o peixe sem ensiná-los a pescar;
Solitário, exclui-se em meio ao turbilhão de fatos, sabem não ter persuasão;
Sofismar, lograr o êxito, não permitir que outros possam prosperar;

Intento maldito, perfídia profana emergente após ocaso do sol;
É tempo de gerar ação, de ouvir os cantos, lamentos de sofreguidão;
O tempo passa, deixa suas marcas, são vidas submetidas a execração;
Resiste semelhante ao cacto, em meio a desertificação;
Ruminam, buscam condições ideais para superarem a tal exclusão;

Sertanejos choram as perdas, esperam pelas  águas da precipitação;
São todos frutos da terra, solo árido, rachado pela falta de vegetação;
Não há olhares  para vê-los, suas vidas perecem em sonhos pela salvação;
Confia toda sorte aos céus, suplícios, murmúrios queixosos, são dores de lamentação;
Caminham debaixo da luz do sol, incidindo suas sombras esguias diretas ao chão.
 


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras                          

Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

CASINHA BRANCA


Casinha branca
Casinha abandonada, hoje escombro;
Num passado recente, abrigo e lar;
Casinha de madeira ou de pau a pique;
Moradia singela em tempo de ternura;
Hoje marca sua despedida debaixo deste céu azul;
Logo em breve tua história sumirá;

Caboclos que a ocupavam não existem mais;
Tua memória em retrato  preto e branco;
Teu colorido tornou-se cinzento;
Caboclos e meio rural perdem-se em meio aos arranha-céus;
No futuro próximo, nem tua imagem em preto branco terá;
Não há atravancam mais, não há limites entre passado e presente;

Casinha de madeira sem portas e janelas;
Escombro erguido feito sentinelas;
Coração partido, ferido em agonias;
Amor verdadeiro, amor! Nunca fujas do meu peito;
Mesmo que machuque, feito espinho da rosa;
Ainda é a flor mais bela que enfeita o meu jardim;

Angustias que não saem da minha memória!
Agora me conte as tuas dores, fale dos teus desamores;
Rememore as lembranças, as saudades sem fim;
Permita que o sentimento caboclo fale por si;
Hoje a marca de puro abandono não traduz o capricho que tiveram por ti;
Casinha alvissareira, um dia foi branca, desbotou e ruiu.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

FECHAM AS PORTAS

FECHAM AS PORTAS

Fecham as portas aos  aprisionados;
Fecham os olhos para não ver os danos;
Fingem fazer tudo as claras;
Por trás da prerrogativa mensalão, há uma grande trama;
Quer intimidar os que deram a cara à tapa durante anos;
Querem calar os que sempre falaram em nome da maioria;
Fingem agir sob a luz da constituição, na verdade praticam a exceção;
Pensam que fazendo assim calarão milhares;
Ignoram a sabedoria popular, montaram uma verdadeira panaceia;
Escarafuncharam tanto que vão acabar chafurdando em lama;
Pensam saber de tudo, e agem assim para tirar proveito; 
Corte suprema, acha que esta acima do bem e do mal;
Corte serena e justa é o que devia ser;
Fecharam as portas tirando de circulação, homens de bem;
Fecharam as portas sem ao menos se importar a quem;
Pensam que fazendo assim outros tantos deixaram de falar;
Pensam que tratando assim com indiferença, irão intimidar;
Corte suprema, corte, tomara que revisem os teus arbítrios;
Não querem nem ouvir falar em recursos;
Negaram até mesmo as infringências dos fatos;
Atropelaram a constituição, onde todos tem direito a defesa;
Ignoraram as normas cultas da lei, estão julgando, apenando e sentenciando;
O que mais pode vir a de se esperar qualquer coisa;
Porque das elites dominante deste país, podemos prever tudo;
Finalmente a imprensa burguesa mostrou de que lado esta;
Só não contavam com a astucia popular;
Antes dos prazos milhões de reais a arrecadar;
Através de cotização levantam fundos;
Para pagar as fianças, estipuladas em milhões;
Burgueses, vocês podem controlar a mídia;
Mas jamais poderão restringir a nossa organização;
Suas trancas isola, mas nós com a nossa pujança reagrupamos;
Para cada liderança nossa presa;
Haverão milhares de pessoas a ele se solidarizando;
O Brasil é um país democrático e republicano;
Não permitiremos que o uso das togas deem-lhe poderes supremos,
Tentaram até transigir em assuntos de outra esfera;
Quanto a cassação dos mandatos a câmara não abre mão;
É conteúdo  da casa, e não do judiciário;
As trancas  tiram de circulação, mas não apaga a historia de vida de cada um;
Mesmo que isolem do povo, que decretem prisão fechada;
Nada disso ira manchar a história recente da luta destes companheiros;

Conto escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.