quarta-feira, 8 de julho de 2015

O HOMEM


O HOMEM

Deus o fez imagem e semelhança;
Depositou nele tanta esperança;
Deu a ele domínio sobre todas as coisas;
Ungiu-o de  sabedoria e proeza;
Deu-lhes virtudes para crescer e multiplicar;

Deixou-lhes a vastidão para plantar e semear;
Deu-lhe coragem, para conquistar o pão com suor do teu rosto;
Revelou-lhes o mistério da vida e da morte;
Desvendou que a vida não finda na morte;
A morte é o renascimento pra vida eterna;

Para o criador o homem deveria viver em harmonia;
Respeitando as leis do universo, cuidando do planeta terra;
Além de viverem em comunhão entre si;
O Homem viveria no paraíso;
Não haveria inveja, ódio, desigualdade e imperfeição;

Infelizmente o Homem desobedeceu;
Praticou o pecado, roubou e matou;
Demonstrou ser incapaz de viver em comunhão;
Desfez o pacto de amor ao seu irmão;
Revelando ser o pior dos animais;

Nunca vê no outro a sua semelhança;
Perdeu-se o respeito, a fé e a esperança;
O Homem  racional, age por instinto;
Para se prevalecer pratica  Ignomínia;
Capaz de qualquer ato para ter vantagens;

Aqueles que deveriam servir ao povo com amor;
Acabam servindo a si mesmo com tanto despudor;
Que animal é esse que age em beneficio próprio;
Que Homem é esse que pratica a usura;

Que Homem é esse que não age com lisura;
Que Homem é esse que não lhe basta o pouco com Deus;
Talvez esteja remando contra a maré;
Mas ainda acredito no homem de boa fé;
O Homem sensato, ator dos seus atos;

O Homem que é incorruptível;
Que não compactua com as mazelas;
Que aceita o tostão conquistado;
E não aceita o milhão roubado;
O Homem humano, nem melhor e nem pior que alguém.


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras                          
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.
                                                                                             

terça-feira, 7 de julho de 2015

A MINHA SEARA


A MINHA SEARA

  Meditei muito antes de passar a escrever, e tomei a decisão de assim o fazer,  porque há um nó na garganta que me tira a paz e cada dia mais estou me tornando incapaz de viver com esse drama.
  No final de 2013 sabíamos que para o ano de 2014 teríamos que apresentar a opção de escolha de escola, foi ai que então consultei a minha colega de grade qual seria a opção de turno  dela para a escola que estávamos lecionando, então ela me disse que seria o turno da tarde, e como havia dois cargos na unidade, um no período da manhã e outro no período da tarde, logo deduzi pelo nosso tempo na rede Municipal que nós ficaríamos nesta unidade.
  Para minha surpresa quando saiu o resultado eu estava adido, a minha colega de grade mudou a sua opção e não me avisou, porque para mim tudo que eu queria seria ficar nesta unidade escolar ou em outra na adjacência, da qual eu migrei devido  mesclarem as turmas do fundamental um e dois a partir de 2012, com isso reduziu a turma do fundamental dois, e assim sendo permaneceu nesta unidade os colegas com maior pontuação, ou seja, maior tempo de rede.
  Abro aqui uma particularidade, fomos então para uma outra unidade escolar, juntos com os nossos alunos, já que compartilharam o fundamental dois e um.
  O primeiro ano nesta nova unidade em 2012 foi um período de adaptação, tanto para nós professores, quanto para os alunos e a gestão, mas graças a Deus, saiu-se bem este ano, todo fundamental dois ficou no período vespertino, para mim não havia nada melhor, pois faço uso de psicotrópicos, para conter a ansiedade e o T.O.C, e estes medicamentos me deixam combalidos, quando acordo cedo demora algumas horas até o cérebro entrar em atividade.
  Bem a gestão escolar resolveu mudar a grade do ano para 2013, o fundamental dois passaria para o turno da manhã, por conta de alguns percalços apresentado no ano anterior, acreditavam-se que os adolescentes no período matutino daria menos trabalho do que haviam dado no período vespertino, então antes de encerrar o ano de 2012, cada professor foi chamado na sala da gestão, para que fossemos informados da mudança que ocorreria no ano seguinte.
  Lembro-me perfeitamente da minha fala junto a gestão,....Olha vocês estão cientes que eu tenho um grave problema quanto ao horário da manhã, devido ao uso de medicamentos, então ouvi a seguinte frase da gestão, ...Não Rô você pode ficar tranquilo que nós vamos fazer um horário onde você não entre na primeira aula, você é um dos professores que contamos, devido ao trabalho que você vem realizando com os alunos, eles te ouvem, você tem nos ajudado muito a resolver alguns conflitos.
  Bem então sendo assim tudo bem, mas só não entendi como iriam me deixar fora das primeiras aulas se a minha carga era de 24 aulas.
  E assim foi feito veio o ano de 2013, com toda dificuldade do mundo aos troncos e barrancos, fui levando, um dia chegava atrasado, outros dias faltava, e com isso vem a a primeira animosidade com a gestão, fui chamado para explicar porque um determinado trabalho sobre sexualidade, não havia sido apresentado, já que estes trabalhos deveria ser exposto no CAP, mas eu não entendi, falei como assim não foram apresentados, eu entreguei os trabalhos para a coordenação, e justamente no dia de expor os trabalhos, eu havia sido afastado por cinco dias devido uma cirurgia que fiz no maxilar.
  Deduzi logo que estava havendo um cerceamento  a minha pessoa, até mesmo porque por telefone havia tratado deste assunto com a coordenadora, e ela me disse, eu me lembro que você me entregou os trabalhos, talvez as meninas da limpeza tenham jogados fora, então eu ainda apresentei por telefone, uma alternativa, disse que no armário acima do meu tem alguns destes trabalhos, escolha os melhores e mande para exposição.
  Só que até eu dizer isso, na sabatina com a gestão, e a coordenadora presente, já havia ouvido que a gestão se enganou comigo achavam que eu era um homem de fé, mas no entanto eu não passava de um péssimo profissional, que falta, chegava atrasado, prejudico a escola, comprometo o aprendizado dos alunos.
  Moral da história, fui humilhado e a coordenadora nem se  manifestou, eu que tive que me defender dizendo, o que de fato havia ocorrido, e como não tinha, mas nada a perder, por entender do que se tratava, antes de me retirar da sala, lembro ter dito a seguinte frase,... A senhora não me meça com a sua régua, pois ao fazer isto, dá-me o direito de  medi-la também com meus instrumentos, a senhora recentemente afastou-se por duas semanas da escola para fazer uma cirurgia estética, eu não, me afastei por um problema de saúde clinica, e digo mais o bom dirigente não é aquele  que dirige uma escola com informações de outros, o dirigente que eu almejo ter era aquele que visitasse as salas de aulas, para conhecer os alunos e ver de perto o nosso trabalho, mas infelizmente o dirigente que eu tenho, era aquela que se dava ao luxo de chamar a manicure semanalmente na sua sala para fazer as unhas, e conclui... bem com licença que eu tenho que aproveitar o tempo que tenho para dar aula, mesmo sendo um péssimo profissional segundo a sua holística.
  Dado a estes ocorridos, entendi a razão da minha colega ter mudado a sua opção de horário e eu não ter sido informado.
  Nesta mesma escola ouvi um dia depois de ter sido sabatinado, outra vez pela gestão, destas vez alegando que eu não estava entregando os quinzenários, e nem o portfólio em dias, eu simplesmente respondi que não estava entendo a politica da secretaria de educação, ou eles pensam que a burocratização era um instrumento salutar para a pratica do ensino, ou estão supervalorizando a mudança de secretariado tentando mostrar serviço, e afinal para que serve este portfólio, para uma boa pratica educacional que não é, pois o tempo perdido para elabora-los nos inviabiliza de preparar materiais, assuntos condizente com a pratica escolar, mesmo assim, lá foi o meu nome para o livro preto, uma espécie de advertência por escrito.
  Livraram-se de mim, como quem se livra de um fardo, fui tratado como um lúmpen,  e isso esta arrasando comigo, eu que jamais ambicionei ou postulei algo que não fosse dar aula, hoje se quer tenho animo ou coragem para enfrentar o mundo, jamais pensei conhecer o fracasso, hoje sei o que é não ter estimulo, se quer de voltar a uma sala de aula, estou afastado das minhas funções desde setembro,  e sei que nunca mais voltarei a por os pés numa sala de aula.
  Quero deixar registrado aqui, que sempre imaginei que educar é humanizar as relações, não há troca sem haver o respeito e a admiração.
  Nesta mesma escola ouvi de um adorado amigo, na ocasião estudante de filosofia, ...Tem pessoas que se esforçam para ser humano, e ser humano é algo tão simples, basta apenas ser, e você, disse-me ele, eu admiro, vejo o quanto você é adorado pelos seus alunos, repetiu novamente o amigo, ... você é a minha referencia de um bom professor.
  Hoje amigo, confesso que perdi a capacidade de cátedra, quando imagino uma sala de aula me assusto, jamais me vejo, dentro de uma sala de aula novamente, eu que sempre sai de lado para não atrapalhar e para não ofuscar o brilho de outrem, e nem tão pouco, fiz algo para me destacar, ou aparecer, agora estou dia a dia me reduzindo, estou me escondendo, até onde conseguirei me reduzir não sei, entrego o meu destino e a minha sorte, nas mãos daquele, que tudo sabe e tudo vê.
  Recentemente liguei para um amigo, por ter ligado para ele umas duas ou três vezes, ele me proferiu a seguinte frase....Caramba negrão, você parece a minha negra, não me dá sossego, deste dia em diante, nunca mais voltei a ligar para ele, por entender que incomodo e atrapalho as pessoas, ficarei no ostracismo, quem me conheceu e me viu, não sei se deixei algo de bom, mas estejam certo que não tenho e não carrego comigo ódio ou rancor, apenas ressentimentos, de não entender a razão, com que fazem as pessoas esquecerem de serem humanos.
  Perdoem os exageros, ou os erros de interpretação, talvez eu tenha errado mais do que acertado, tomei o cuidado de não mencionar nomes, apenas os fatos, mas certo dê que aqueles que conviveram comigo, saberão distinguir e discernir sobre os episódios. Esta tem sido a minha seara.


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras

Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

LABUTA



LABUTA
A sua vida inteira foi de luta;
A sua historia de vida não é curta;
Logo em seguida a morte da sua mãe decidiu casar;
Aos treze anos se casou, em seguida engravidou;
Nesta ocasião já tinha consigo a sua afilhada;
Criança que passou a ser por ti cuidada.

A tua juventude dedicou aos filhos;
Na tua terra natal, foram seis filhos perdidos;
Decidiram vir de Jequié para São Paulo;
Viagem longa e demorada, realizada no pau de arara;
Trazia na barriga uma filha, nos braços o primogênito;
Na barra da saia a afilhada, bem cedo por ti criada.

A vida longe dos teus familiares;
Prenuncio de dor, luta e muito trabalho;
Muitos filhos nasceram, uns viveram e outros morreram;
Conta com proeza, foram vinte e dois, mais a afilhada;
Onze venceram a morte e lidam com a sorte;
A vinda para São Paulo, destinos incertos e aventura.

Graças ao bom Deus, muita dedicação e luta;
A vida de retirante exige perseverança e labuta;
Os anos se passam, já tem mais de oitenta;
Filhos, netos, bisnetos e tataranetos;
Seus cabelos dourados, face enrugada, corpo franzino repleto de dor;
Ainda não nega um sorriso, nem um gesto de amor.

Corta o coração quando a ouço clamar a Deus,
Sabemos o quanto esta padecendo com as dores;
Osteoporose, implante de haste no fêmur, lordose, escoliose;
São tantos ose querendo ti machucar;
Sabemos o quanto é guerreira, sabe dosar bem a vida;
Não haverá ferida, nem ose alguma pra ti derrubar.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

MÃES


MÃES
No vulto dá noite esta só;
No ritual cingido, amamenta;
No cansaço do dia, se assenta;
No coração amor, apascenta.
No parto a dor, suporta;
No quarto na cabeceira da cama, se recosta;
No trato de mãe, jamais se esgota;
No cuidado com o filho, sempre atenta.
No choro do bebê, sempre alerta;
No conforto de ninar, desperta;
No aconchego dos braços, acalanta;
No dia seguinte, segui sua rotina.
No teu modo de olhar, não termina;
No enlace com o filho, sua sina;
No amor de mãe, o filho ensina;
No balbuciar as frases, combina.
No modo de falar, afeto;
Mulheres exemplos, de mães;
Corações abertos, aos filhos;
Nunca esta em paz, sem vê-lo.
Exagero ou trato com zelo;
Remete ao cuidado e apelo;
Tem consigo a certeza, do elo;
Amor de mãe e filho, singelo.

PARTIDAS


PARTIDAS

Nem sei quantas vezes já parti;
Muitas vezes não tinha para onde ir;
Esta vida cigana me pertenceu;
Até conhecer você, que  me apeteceu;
Fez  eu entender,  tem que haver um lugar;
Sempre nos esperando para voltar.

Ensinou-me a ter vínculos na vida;
Não teria afeto  se houvesse só  partida;
Somos sementes no mundo prontas para germinar;
Para que isso haja, temos que nos amar;
Nossos ancestrais se desenvolveram;
Dominaram o fogo, e a terra se fixaram.

Deixei de lado as idas e vindas;
Fez-me ver quão são importantes as vidas;
Passei a entender que no núcleo familiar;
É onde a vida tende a habitar;
Comecei a ver que não basta sonhar;
Temos que nos esmerar para os sonhos realizar.

Todo mundo deve ter origem;
Não importa aonde é a sua paragem;
Nem se tem ou não algum vintém;
O importante mesmo é que seja alguém;
Decidido e convencido a coexistir;
Portanto, graças a você deixei de partir.

O amor de fato é algo sublime;
Não vislumbra dotes, e nem oprime;
Impera a liberdade, e quem ama fica;
Cada dia ao seu lado, mais me tonifica;
Minha mulher amada, alma desejada;
Soubera por fim as minhas partidas.


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras

Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

NAMORADOS



NAMORADOS
Trocam olhares, sem se expressarem:
Ronda em circulo, em busca de se verem;
Quantos desassossegos anseiam os teus segredos;
Jovem demais, astuto voraz;
Não fazem planos, os dias vão se revelando.
Na rua de mãos dadas, namorados e namoradas;
Sempre felizes e encantados;
Alegria fugaz, adiante cada um para o seu lar;
Namorados corações flechados;
Cupido os atingiu, o encanto surgiu.
Um o outro assumiu;
Metades que se juntam;
Joia rara, ciúme é doença que não sara;
Quem ama confia, mas é melhor proteger a amada;
Toda mulher gosta de ser bem cuidada.
Amor de namorado, misto de ciúme, paixão e cuidados;
Namorados apaixonados, corações compromissados;
Pés no chão, amor e paixão;
Vidas entrelaçadas;
Pra sempre enamorados.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp

sexta-feira, 10 de abril de 2015

MINHA VESTE


MINHA VESTE                 

Indumentária que cobre;
Tecido rasgado pobre;
Envolve o corpo esguio;
Beirando a falência nobre;
Pena medir-me a veste;
Nem sabe o que trago comigo;
Quem sabe meu riso reveste;
O brilho da joia que ocupa.

Disfarça olhando ao redor;
Não  encara o simples singelo;
Criaste os teus critérios;
Impera a barreira profana;
Persiste no erro tirano;
Insulta impondo padrão;
Pra que serve teu ouro;
Se não sabe garimpar tesouro.

Para que tanta prata e cobre;
Se o amor não há bens que descobre;
Pensei em por remendo novo na minha veste velha;
Nem a veste fica nova;
Nem o remendo fica velho;
Ornamento que ostenta, desiguala;
Cria o abismo no mundo;
A vala é comum a todos.

Não importa seus dotes em vida;
Segue o cortejo e jaz;
Será lembrado em teus dias;
Como quem dissuadiu a paz;
Presunçoso e imperativo;
A muito se viu a traição;
Foram trinta moedas de prata;
O preço da crucificação.

Togas e coroas  ignoraram;
As vestes simples, o jeito puro de amar;
Nunca antes ouviram explicitar tanto amor;
Prefacio da vida de um rei;
Cuja coroa moldada em espinho;
Na cruz estampado com escarninho;
Jesus Cristo, rei dos judeus;
Quem o viu nas tuas vestes.

Tão simples cingida a mão;
Apresentado ao mundo;
Ignorado pelos fariseus;
Temido pelos sacerdotes Judeus;
Desdenhado por Pilatos;
Condenado ao flagelo;
População influenciada pelos  anciões;
Absolve o ladrão e condena o filho de Deus.

Calvário e cruz foi o fim de Jesus;
Pai, Filho e Espirito Santo;
Em um só corpo  se fez;
União  que jamais se desfez; 
O perdão ao mundo Jesus concebeu;
Por onde passou a paz propagou;
As vestes separam o nobre do plebeu;
Rico e pobre lado oposto muralha ergueu.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

               

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

EPÍLOGO

EPÍLOGO

As lagrimas da face secam;
O ramalhete de rosas murcham;
O doce do beijo amarga;
O brilho dos olhos apaga.

A palavra dócil não afaga;
O carinho deixou de ser afável;
Ternura não é eterna;
A brandura cede lugar a ira.

No lugar do dialogo farpas;
Ao invés do carinho rusgas;
O avesso do verbo amar;
Desilusão enfim.

Desencanto é o fim;
Caminhos inversos;
Vidas na contramão;
Desgosto onde havia sabor.

Desgaste onde havia singeleza:
Angustia tomou assento da paz;
Encanto não é mais voraz;
Amantes deixam de ser sagaz.

Agora um do outro desfaz;
Portas abertas quem parte deixa tudo pra traz;
Quem fica saudade é algo fugaz;
Nem beijo um adeus e nunca mais.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.
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