Casinha branca
Casinha
abandonada, hoje escombro;Num passado recente, abrigo e lar;
Casinha de madeira ou de pau a pique;
Moradia singela em tempo de ternura;
Hoje marca sua despedida debaixo deste céu azul;
Logo em breve tua história sumirá;
Caboclos
que a ocupavam não existem mais;
Tua
memória em retrato preto e branco;Teu colorido tornou-se cinzento;
Caboclos e meio rural perdem-se em meio aos arranha-céus;
No futuro próximo, nem tua imagem em preto branco terá;
Não há atravancam mais, não há limites entre passado e presente;
Casinha de madeira sem portas e janelas;
Escombro erguido feito sentinelas;
Coração partido, ferido em agonias;
Amor verdadeiro, amor! Nunca fujas do meu peito;
Mesmo que machuque, feito espinho da rosa;
Ainda é a flor mais bela que enfeita o meu jardim;
Angustias que não saem da minha memória!
Agora me conte as tuas dores, fale dos teus desamores;
Rememore as lembranças, as saudades sem fim;
Permita que o sentimento caboclo fale por si;
Hoje a marca de puro abandono não traduz o capricho que tiveram por ti;
Casinha alvissareira, um dia foi branca, desbotou e ruiu.
Poema escrito pelo Profº
Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José
A. VieiraLatus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.
Casinha branca meu vintém, minha morada, hoje reside apenas em meu coração.
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