sábado, 29 de março de 2014

VIDAS DE OUTONO


VIDAS DE OUTONO

Lá fora é noite de outono, ouço o barulho do vento;
Arrastando as folhas soltas num vai e vem sem fim;
Aqui dentro vidas de passagem, espreitando mais uma estação;
Outono chega e vêm junto os sonhos de outrora;
Menino órfão sem teto e sem lar;
Perambulando pelo mundo sem ter onde chegar;
Confunde o jardim da praça com o panorama do lar;
Menino de pés no chão, jamais conheceu um lugar;
Sonhos tormenta do mundo;
Pesadelo do menino descalço com pés no chão;
Folhas que vagueiam lá fora;
Confunde com a solidão do menino;
Sem lar e sem chão,  caminha pelo mundo;
Dá janela vidas que assistem a tudo, e nada podem mudar;
Menino que deita sob o banco do jardim da praça;
Folhas arrastada pelo vento em noite de outono;
Vida que se perde em pensamento;
Vagueiam pelo espaço, feito folhas ao vento;
Menino que passa pelo tempo, qual será a tua história?
Ventos que levam pra bem longe os sonhos;
Será que o menino um dia conhecerá um lar?
Aqui dentro, vidas que assistem a tudo passando, e nada podem mudar;
Lá fora clareia mais um dia de outono;
No chão as folhas secas, mortas esperando o vento para ti soprar;
Menino não sei por onde anda, levado pelo mundo, a mercê da sorte;
Olho da janela o jardim da praça e o banco esta lá, feito teto do menino sem lar;

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

Um comentário:

  1. Mundo encantos e tormentas;
    És o abrigado e teto de tantos meninos;
    Sem lar e sem ter onde chegar.

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