segunda-feira, 3 de março de 2014

ESQUINAS


ESQUINAS

Em cada esquina rostos diferentes;
Em cada esquina a vida está presente;
Em cada esquina a dor da despedida;
Em cada esquina um adeus e nada mais;
Em cada esquina passado, futuro e presente;
Em todas as esquinas vejo a tua silhueta;
Em toda  esquina tenho a sensação que vou ti encontrar;
Em qual esquina eu irei revê-lá;

Nem todas esquinas são iguais;
Trago vivo na memória a esquina aonde ti perdi;
Sabe bem das aventuras que juntos vivemos;
Recordo com saudades das esquinas que juntos dobramos;
Em cada esquina um retrato dos lugares incomuns;
Daquele dia em diante cada esquina busco por você;
Todas as esquinas causam em mim um suspense;
Todas as esquinas provocam em mim uma agonia;

Nas esquinas a minha ansiedade aumenta;
Em cada esquina imagino ver o teu rosto;
Mas quando me aproximo não é você;
Então penso! Aonde  você  está agora;
Por todas as esquinas que  passamos eu ti procurei;
Meu corpo cansado, numa esquina qualquer ira repousar;
Meus olhos marejados de lagrimas buscam por você;
Meu olhar  turvo, não tenho certeza se irei ver você;

Debaixo do braço a garrafa, onde afogo minhas magoas;
Todas as esquinas passaram a ser iguais;
Passado, futuro e presente pra mim tanto faz;
Faço das esquinas agora o meu quintal;
Sou um ébrio em busca do rosto que hoje se confunde a tantos;
Para mim todos os rostos são iguais;
Em todas as esquinas  me perco;
Em qual esquina  perdi você, eu já nem sei mais.

Poema  escrita pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.


Um comentário:

  1. Só eu sei as esquinas que dobrei;
    Só eu sei as esquinas que lhe procurei;
    Só eu sei os gargalos que minha dor afoguei;
    Só eu sei o que buscar e não encontrar;

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