MENINAS MÃES
Tão
jovem;
Tão
frágil;
Tão
cedo;
Tu
és mãe;
Nem
cresceu;
Nem
se quer desenvolveu;
Teu
corpo ainda em formação;
Faltou-lhe
orientação;
Ou
foste tu inconsequente;
Terá
que enfrentar a gestação;
Menina
criança;
Moça
e mulher;
Anteontem
uma criança;
Ontem
adolescente;
Hoje
mulher;
Criança,
o berço a mãe balança;
Adolescente,
irreverente;
Não
tem hora pra deitar;
Tua
cama, agora fica vazia;
Paragens
tua casa não é o teu lugar;
Adolescente deitou;
Engravidada
ficou;
Teus
dilemas;
Teus
problemas;
Agora
irão começar;
Criança
que embala criança;
Criança
o teu sonho se perdeu;
Verdades
e mentiras;
Perderam
os sentidos;
Realidade
agora terá que enfrentar;
Percebes
a inconsequência;
Os
riscos e a imprudência;
Sua
historia terás que pausar;
Tua
sorte agora lançada;
De
joelho pede ao seu protetor;
Dai
saúde ao teu embrião;
Abençoe
na tua formação;
Que
o feto atinja a sua plenitude;
Que
o bebê possa desenvolver;
Afaste
deus o risco dele morrer;
Também
não me deixe perecer;
Nem
que eu tenha que padecer;
Por
não ouvir o conselho dos meus pais;
Só
agora sei a besteira que eu fiz;
Querendo
ser dona do meu próprio nariz;
Pus
a minha vida em risco;
Não
dá pra voltar atrás;
Ontem
fui criança;
Hoje
sou adolescente;
Em
breve serei mãe.
Poema escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº
José a. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de
Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.
São tantas as contradições;
ResponderExcluirSão tantas as decepções;
São tantas falta de informação;
Que te leva a sua desorientação.