SONHOS
Quando
era criança tinha liberdade
Corria,
brincava, pulava, me escondia;
Hoje
sou homem formado;
Tenho
a liberdade, mas temo usufruí-la;
Poderia
correr, mas os dias pesam, diferente da tenra idade;
Já
não corro o quanto gostaria;
Se
me veem correndo não é por vontade própria;
Já
não brinco o quanto gostaria;
Nem
pulo como antes pulava;
Nem
me escondo como antes me escondia;
Acabo
me privando da liberdade;
Por
que temo a falta de amor ao próximo;
Vivo
privando as minhas vontades;
Vivo
escondendo as minhas verdades;
Vivo
falseando a minha ansiedade;
Sou
refém do meu próprio destino;
Um
cidadão formador de opinião;
Que
não tendo opção passa a escriturar;
Faço
disso a razão de viver;
Já
que os meus sonhos de outrora;
Pouco
a pouco foram sendo dilapidados;
Recorro
à solidão da escrita;
Assim realizo e, compreendo melhor o meu papel;
Entendo
que não sou agente promotor e sim agente motivador;
Mesmo
não correndo, brincando, pulando ou escondendo;
Não
abri mãos dos meus sonhos;
Levo
os meus sonhos a outras fronteiras;
Lugares
nunca antes conhecidos;
Sei
que através dos versos, desperto olhares, toco a emoção;
Desperto
sentimentos, que jamais imaginei ser capaz;
Por
que no âmago de um escriba esta o uso da sua vocação;
E
assim componho meus versos;
Tangido
de amor e sonhos, sigo ruminando;
No
uso da figuração linguística, segui o improviso;
Se
a prosa tem parágrafo, no ponto final concluo o assunto;
Se
o poema tem estrofes, sigo rimando;
O
mais importante é despir os sentimentos;
Assim
nascem os meus versos;
Buscando a cura pra minha alma;
Buscando a cura pra minha alma;
Narrando
a exclusa da noite calma;
Percorrendo
o sentimento exposto vazio;
Comparando
a fera ferida açoitada no cio;
Dou
a mim o prazer de realizar o meu ser.
Poema
escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho
Formado em
Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus
Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras