quinta-feira, 31 de julho de 2014

A MORTE

A MORTE

É a única certeza da vida;
Teu mistério me assusta;
Tua vinda não me convém;
Do teu tino ninguém foge;
Ninguém sabe quando vêm.

Ninguém foge a tua égide;
Natimorto  vai prematuro;
Nem se quer chegou viver;
Tem quem a supera anos e anos;
Resiste  a ti com desfaçatez.

Embala jovens na flor da vida;
A todos tem a tua despedida;
A morte conduz ao campo santo;
Repousa a todos com galhardia;
Tez serena, mãos ao peito.

Recebe a tua extrema unção;
Golpe certeiro, a qualquer hora;
Um dia a morte chegara;
O corpo passa;
A matéria se desbasta.

A métrica da vida esta em vossas mãos;
O tempo de cada um, a ti pertence;
Ninguém conhece o teu perfil;
Se vêm quente ou vêm fria;
Seja indolor e indulgente.

A minúscula partícula volta a ser;
Têm-se o inicio e o fim tão junto;
Só  não se pode  esvaecer;
Viver é o jeito de matar a morte;
Morrer é ver a vida findar no ser.


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

             

Um comentário:

  1. Que me vem sem pressa;
    Que não me deixe sofrer;
    É o fim que nos resta;
    É o caminho a percorrer.

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