segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Seres Humanos

                                      Seres Humanos

Fazia parte do todo e por fim nem fui notado;
Fugia das lentes das câmeras, com receio de tudo estorvar;
Procurei sempre ser discreto, mas isso não quer dizer ser invisível ou indiferente;
Sempre procurei uma forma de ser solidário, de forma oculta, não espalhafatosa;
Jamais tomei para mim propostas ou projetos que a mim não pertencia;
Embora não fosse parte da cúria, procurei ser um dos seus defensores inveterado;


Se não me viu, de fato eu estive ali em meio a tudo, discreto e sorrateiro;
Nunca me ocultei nas realizações dos fazeres que não fizesse parte dos afazeres;
Não busquei honrarias nem reconhecimentos, entre quatro paredes  permanece tudo que fiz;
Segredos ou discrição sabem somente, Eu e Deus e o meus Expectadores;
De fato houve momentos que me sensibilizaram, lagrimas rolaram do meu rosto, ficando eternizados; 
São manifestação da alma, sentimentos reprimidos, que resolvem  extravasar;


Ainda assim procurei manter-me impávido, frente ao desafio que exigia um novo  olhar;
Embora não tivéssemos direito a escolha,  há muitos anos tivera expectadores tão jovens;
Vencemos ou não os desafios!... Somente o tempo junto a dedicação  possa responder;
Se ficarem saudades, se houver sentimentos que te faças sentir o lócus, o  espaço que um dia eu ocupei;
A mim, já valeu a pena ter cruzado os nossos caminhos, embora os destinos sejam desiguais;  
Confesso que chorei as escondidas na latrina para que não me visse chorar;


Envergonhadamente não lhe apresentei o melhor dos meus sorrisos, o ocultei o máximo que pude; Evitando assim que pudesse conhecer a fragilidade da minha anatomia bucal;
Somos todos seres humanos, na sua dose de sentir, fazer, estar, compreender e dedicar;
Naturalmente nos atinamos mais com uns do que com outros, por afinidade com quem é mais humano;
Aos meus jovens expectadores, que levem consigo o melhor que a vida permitiu que eu lhes ensinasse;
Aos meus pares peço desculpas mil, por ter faltado aos meus compromissos;


Embora não o fizesse por vontade própria, mas sim pelas próprias leis que regem os nossos dias;
Hoje estamos bem, amanhã fica ao acaso, ou como creem alguns, depende da sorte;
Independente da razão o olhar de Deus estará sempre sobre cada um de nós;
Nunca me  inflamei com qualquer  colega de oficio, portanto este alivio levo no meu coração;
Só lhes peço ponderação ao fazerem juízos de valor, muitas vezes erramos ou entramos em contradição;
Se souberem o vazio que causaram em mim, saberão então do amor e o respeito que tenho por cada um. 

  
Não levo e espero  também não deixar máculas, se falhei em algum momento que precisaste de mim; 
Somos  suscetíveis a erros e acertos, não vangloriarei dos meus acertos e ressentirei pelos meus erros;
Lembrai-vos sempre que no relacionamento humano haverá intrinsecamente o real valor das trocas;
Nos afeiçoamos mais com aqueles (as), que entendem, compreendem, apostam nos nossos  valores;
Enquanto ser humanos, esta relação transcende ao campo profissional indo aflorar-se no pessoal; 
Muito obrigado a todos do Alexandrino, que fizeram e farão parte da minha experiência de vida;   


Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras                          
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

                                       

                                      
  

Um comentário:

  1. A vida nos dá bens, valores, mas bem nenhum supera o valor de uma verdadeira amizade.

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