Seres
Humanos
Fazia
parte do todo e por fim nem fui notado;
Fugia
das lentes das câmeras, com receio de tudo estorvar;
Procurei
sempre ser discreto, mas isso não quer dizer ser invisível ou indiferente;
Sempre
procurei uma forma de ser solidário, de forma oculta, não espalhafatosa;
Jamais
tomei para mim propostas ou projetos que a mim não pertencia;
Embora
não fosse parte da cúria, procurei ser um dos seus defensores inveterado;
Se
não me viu, de fato eu estive ali em meio a tudo, discreto e sorrateiro;
Nunca
me ocultei nas realizações dos fazeres que não fizesse parte dos afazeres;
Não
busquei honrarias nem reconhecimentos, entre quatro paredes permanece
tudo que fiz;
Segredos
ou discrição sabem somente, Eu e Deus e o meus Expectadores;
De
fato houve momentos que me sensibilizaram, lagrimas rolaram do meu rosto,
ficando eternizados;
São
manifestação da alma, sentimentos reprimidos, que resolvem extravasar;
Ainda
assim procurei manter-me impávido, frente ao desafio que exigia um novo olhar;
Embora
não tivéssemos direito a escolha, há muitos anos tivera expectadores
tão jovens;
Vencemos
ou não os desafios!... Somente o tempo junto a dedicação possa
responder;
Se
ficarem saudades, se houver sentimentos que te faças sentir o lócus, o
espaço que um dia eu ocupei;
A
mim, já valeu a pena ter cruzado os nossos caminhos, embora os
destinos sejam desiguais;
Confesso
que chorei as escondidas na latrina para que não me visse chorar;
Envergonhadamente
não lhe apresentei o melhor dos meus sorrisos, o ocultei o máximo que pude; Evitando
assim que pudesse conhecer a fragilidade da minha anatomia bucal;
Somos
todos seres humanos, na sua dose de sentir, fazer, estar, compreender e
dedicar;
Naturalmente
nos atinamos mais com uns do que com outros, por afinidade com quem é mais
humano;
Aos
meus jovens expectadores, que levem consigo o melhor que a vida permitiu
que eu lhes ensinasse;
Aos
meus pares peço desculpas mil, por ter faltado aos meus compromissos;
Embora
não o fizesse por vontade própria, mas sim pelas próprias leis que regem os
nossos dias;
Hoje
estamos bem, amanhã fica ao acaso, ou como creem alguns, depende da sorte;
Independente
da razão o olhar de Deus estará sempre sobre cada um de nós;
Nunca
me inflamei com qualquer colega de oficio, portanto este
alivio levo no meu coração;
Só
lhes peço ponderação ao fazerem juízos de valor, muitas vezes erramos ou
entramos em contradição;
Se
souberem o vazio que causaram em mim, saberão então do amor e o respeito que
tenho por cada um.
Não
levo e espero também não deixar máculas, se falhei em algum momento que
precisaste de mim;
Somos suscetíveis
a erros e acertos, não vangloriarei dos meus acertos e ressentirei pelos
meus erros;
Lembrai-vos
sempre que no relacionamento humano haverá intrinsecamente o real valor das
trocas;
Nos
afeiçoamos mais com aqueles (as), que entendem, compreendem, apostam nos nossos valores;
Enquanto ser humanos, esta
relação transcende ao campo profissional indo aflorar-se no pessoal;
Muito
obrigado a todos do Alexandrino, que fizeram e farão parte da minha experiência de
vida;
Poema escrito pelo Profº Rosalvo
Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas
pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente
pela Universidade de
Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela
Unioesp.
A vida nos dá bens, valores, mas bem nenhum supera o valor de uma verdadeira amizade.
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