quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MEU MANTO

MEU MANTO

Quando nasci recebi de Deus este manto;
Quisera ele fosse um manto negro;
Recheado de vida;
Dotado de sentimentos;
Movido por sonhos.

Suscetível a dor;
Que ao ser ferido sangra;
Que ao ser tocado senti;
Que ao ser invadido feri;
Que ao ser violado grita.

Que ao ser desprezado chora;
Que ao ser menosprezado, inflama;
Apenas sou dotado do manto negro;
Meus desejos e sonhos, não tem cor;
São iguaizinhos aos seus.

Meu manto é negro;
Meu sangue é vermelho;
Igual ao de todos;
Bombeado pelo coração;
Semelhante a todos.

No passado eram os açoites;
Agora são gestos e palavras;
Somos racionais, para que o racismo;
Se o que nos difere é apenas o manto;
Porque tanto ódio.

Afinal o que em mim pode assustar;
Aceite a todos como irmãos;
O manto que nos envolve;
Não é o manto dos teus olhos;
E sim, o manto do amor de Deus.

Todos têm o seu manto;
Não olheis a minha cor;
Não reparai o meu cabelo;
Não me venha com os teus critérios;
Somos todos iguais perante a Deus



.




Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

Um comentário:

  1. Todos temos os nossos mantos;
    Não olheis a minha cor;
    Não reparai o meu cabelo;
    Não me venha com os teus critérios;
    Somos todos iguais perante a Deus.

    ResponderExcluir