segunda-feira, 3 de novembro de 2014

MENINAS MÃES

MENINAS MÃES

Tão jovem;
Tão frágil;
Tão cedo;
Tu és mãe;
Nem cresceu;
Nem se quer desenvolveu;
Teu corpo ainda em formação;
Faltou-lhe orientação;
Ou foste tu inconsequente;
Terá que enfrentar a gestação;
Menina criança;
Moça e mulher;
Anteontem uma criança;
Ontem adolescente;
Hoje  mulher;
Tão cedo conheceu o apogeu;
Criança, o berço a mãe balança;
Adolescente, irreverente;
Não tem hora pra deitar;
Tua cama, agora fica vazia;
Paragens tua casa não é o teu lugar;
Adolescente  deitou;
Engravidada ficou;
Teus dilemas;
Teus problemas;
Agora  irão começar;
Criança que embala criança;
Criança o teu sonho se perdeu;
Verdades e mentiras;
Perderam os sentidos;
Realidade agora terá que enfrentar;
Percebes a inconsequência;
Os riscos e a imprudência;
Sua historia terás que pausar;
Tua sorte agora lançada;
De joelho pede ao seu protetor;
Dai saúde ao teu embrião;
Abençoe na tua formação;
Que o feto atinja a sua plenitude;
Que o bebê possa desenvolver;
Afaste deus o risco dele morrer;
Também não me deixe perecer;
Nem que eu tenha que padecer;
Por não ouvir  o conselho dos meus pais;
Só agora sei a besteira que eu fiz;
Querendo ser dona do meu próprio nariz;
Pus a minha vida em risco;
Não dá pra voltar atrás;
Ontem fui criança;
Hoje sou adolescente;
Em breve serei mãe.

Poema escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp. 


Um comentário:

  1. São tantas as contradições;
    São tantas as decepções;
    São tantas falta de informação;
    Que te leva a sua desorientação.

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