sábado, 14 de setembro de 2024

SANGRADOURO

 SANGRADOURO


Ontem e hoje tanto faz
Os dias são todos iguais
A métrica do tempo  é tão desleal
A  mercê do acaso,  se torna banal
Um sonho de liberdade 
São tantas  adversidades.

Igualdade jamais  existiu
Entre pobres e ricos muros erigiu
Indiferença, na ordem do dia
Maltrato e deszelo emergia
Os ouvidos ensurdeceram
As bocas se calaram.

Promessas , presente  no vocabulário
O povo de novo no noticiário  
Prosperidade, só encenação 
Mudanças, uma grande  ilusão
O dito mais uma vez não cumpriu 
A mesma cena se repetiu.

O tempo é uma invenção humana
O relógio no pulso aponta as horas
A métrica do tempo é uma velha senhora
Que no auge da sua viuvez
Se vê, solitária e perplexa outra vez
Saber as horas pra quê?

Se não tenho pressa
O tempo não me interessa
De onde venho, nem sei
Nem mesmo o que pra trás, deixei 
Lugar pra chegar, não tenho 
Sigo adiante com empenho.

A falta de cuidado emergiu
Afeto e respeito não se viu
Caminho pra seguir, são vários
Não sei qual o meu itinerário
A lua no céu, herdei
Caminho  um ao léu, travei.




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